Os timorenses estão a “aprender fazendo” e em apenas 13 anos de vida como país independente já conseguiram “fazer muito” em várias áreas, procurando ultrapassar “da melhor forma possível” as crises que vão surgindo, disse o Presidente da República.
José Ramos-Horta, descrito por Ali Alatas como um “agitador desempregado”, viveu de biscates, fez traduções e até trabalhou como ‘spoter’ de famosos num restaurante para conseguir, em Nova Iorque, manter o tema de Timor-Leste na agenda das Nações Unidas.
Alguns dados estatísticos que retratam a evolução de Timor-Leste nos últimos 40 anos. Nalguns destes gráficos, é possível comparar a evolução, desde a população à agricultura.
Uma caravela de 8,5 toneladas em bronze, fabricada em Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia, é o elemento central do novo monumento que marca, na praia de Lifau, a chegada dos portugueses a Timor-Leste, há 500 anos.
O ex-ministro do Interior timorense Rogério Lobato diz que foi usado como “bode expiatório”, quando foi condenado em 2006 por armar civis, insistindo em entrevista à Lusa que só atuou para defender um Governo democraticamente eleito.
Ilda da Conceição, filho a tiracolo e nas mãos uma G3 portuguesa, é uma das mais baixas da fila de 10 mulheres e um homem que, olhos no chão, marcham algures próximo de Viqueque, no leste de Timor-Leste.
O Presidente da República timorense Taur Matan Ruak diz que não se vai recandidatar a um segundo mandato em 2017 mas não exclui uma possível candidatura como primeiro-ministro afirmando que quer continuar a servir o país.
Uma família que estava a preparar um terreno para uma casa, na zona de Baucau, a segunda cidade timorense, encontrou um tambor Dong Son vietnamita em bronze, de cerca de 80 quilos e com cerca de 2000 anos.
O ex-governador de Timor-Leste Mário Carrascalão considera que, em 1975, a então colónia portuguesa não tinha condições de ser independente, numa entrevista desassobrada em que acusa Xanana de tolerar os corruptos.
À primeira vista poderia parecer um pano vermelho que lhe cai ao longo do peito até às mãos, mas rapidamente se percebe que o vermelho, afinal, é sangue e que começa mais acima, na cara de Zeferina dos Santos.
Sobre o passado, e considerando “normal” que alguns timorenses tenham optado por colaborar com os regimes colonialista ou ocupante, Taur Matan Ruak recorda que os seus próprios pais e irmãos “são defensores da integração de Timor na Indonésia.
“E eu fui diferente. Cada um escolhe o que é melhor, a forma melhor de contribuir. E os meus pais escolheram a integração como melhor forma de contribuir para o desenvolvimento de Timor. Nós escolhemos a independência”, disse.
“Eu sou o único católico (numa família protestante). A nossa família é assim. Respeitamo-nos mutuamente. Isso é um dos princípios básicos da democracia, não ter que ser igual aos outros”, afirmou.
Mesmo no momento mais difícil dos últimos anos, os confrontos de 2006, Taur Matan Ruak afirma que tudo poderia ter sido pior e que essas convulsões e diferenças fazem parte da construção do Estado.
Instado a avaliar a situação desde aí e especialmente o novo Governo de coligação, Taur Matan Ruak considera que “tem corrido bem” e que os governantes “têm feito o possível para prestar um bom serviço aos cidadãos”.
“A perfeição não existe. Busca-se ao longo dos tempos. 13 anos é pouco para um país. Visito muito o país, zonas rurais, converso muito com a população que diz: o Governo isto, o Governo aquilo”, afirmou.
“Falar é fácil. Um país com 13 anos, mesmo assim fizemos muito. Levar a eletricidade a 80% da população, em seis anos: só em Timor. Reconhecemos que há muito para fazer e estamos determinados em continuar esse processo. É um processo sem retorno, sem retorno. As gerações mudam, trocam-se, governos trocam-se, presidentes trocam-se e o país vai avançando na mesma em busca da prosperidade”, considerou.
“Estou muito satisfeito. Já visitei quase 350 sucos (aldeias). É incrível o que vejo. O governo tem feito um enorme esforço. Claro que normalmente a população quer mais. Querer mais é fácil. Mas conseguir vai levar algum tempo”, sublinhou. Confira mais notícias portuguesas em Independência Lusa.