Com mais de 90 livros publicados e vários prémios literários, incluindo o prémio da Academia Brasileira de Letras na categoria de literatura infanto-juvenil, atribuído em 2005, o escritor publicou já várias recolhas de contos infantis da Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde e Moçambique, estando a preparar um livro sobre São Tomé e Príncipe, o último país de expressão portuguesa que visitou.
“Dos países de língua portuguesa, só falta Timor, mas eu chego lá”, disse o escritor à Agência Lusa.
Nas histórias recolhidas por Rogério Andrade Barbosa, cruzam-se lendas e narrativas da cultura oral africana, povoadas por animais e seres mitológicos como o lubu, a hiena guineense, Kianda, a sereia dos rios e dos mares em Angola, ou “Sun Tataluga”, a tartaruga que é a heroína da maioria das histórias infantis de São Tomé e Príncipe.
Para recolher os contos, o escritor, que vive no Rio de Janeiro, viaja com frequência para vários países africanos, onde visita escolas, pedindo às crianças que lhe contem as histórias ouvidas aos pais e avós.
“A partir daí faço uma seleção e reescrevo as histórias com uma forma literária”, explicou o escritor, que foi professor e é especialista em literatura afro-brasileira.
Os contos, escritos em português, incluem quase sempre frases e expressões dos dialetos locais, como o changana de Moçambique, o “forro” de São Tomé, o quimbundo de Angola ou os vários crioulos falados nos países africanos de expressão portuguesa, que o escritor aprendeu quando foi voluntário da ONU na GuinéOs contos, escritos em português, incluem quase sempre frases e expressões dos dialetos locais, como o “changana” de Moçambique, o “forro” de São Tomé, o quimbundo de Angola ou os vários crioulos falados nos países africanos de expressão portuguesa, que o escritor aprendeu quando foi voluntário da ONU na Guiné-Bissau, em 1979.
“Eu falo crioulo da Guiné-Bissau, e isso ajudou-me muito. Em Angola e Moçambique, que não têm crioulo, todos falavam português na escola, ao contrário da Guiné, de Cabo Verde e São Tomé. Muitas crianças começam a contar a história em português e continuam em crioulo”, disse à Lusa o escritor.
Foi na Guiné-Bissau, país onde foi professor de português de 1979 a 1980, que começou a paixão de Rogério Andrade Barbosa pelas narrativas africanas.
Quando regressou ao Brasil, após dois anos no país, tinha “dois grossos diários” com histórias e lendas guineenses, e decidiu passar a escrito os contos que recolheu.
“Nessa altura não havia nada para crianças e jovens sobre os contos tradicionais africanos. Eu tinha visto tanta coisa que resolvi criar um avô africano que contava histórias aos netos, e mandei para várias editoras”, recordou.
“Bichos da África”, publicado pela editora Melhoramentos em 1988, foi finalista do Prémio Jabuti, o mais importante prémio literário do Brasil, e venceu o prémio para melhor ilustração, tendo sido traduzido para inglês, alemão e espanhol.
“Isso abriu-me as portas. Fui pesquisando mais e voltei a África outras vezes para recolher histórias”, contou Rogério Andrade Barbosa, que desde então publicou cerca de uma centena de livros, a maioria dedicados às histórias do continente africano.
Para o escritor, a televisão e a internet ameaçam a tradição de contar histórias em África, o que torna mais urgente a recolha dos contos tradicionais e a preservação da cultura oral africana, defende.
No Príncipe, onde esteve pela primeira vez em 2013, ainda encontrou “muitas crianças que mantêm o hábito de contar histórias”, fruto do isolamento e da falta de recursos, numa ilha onde até a eletricidade é racionada.
“Como no Príncipe a luz se apaga à meia-noite, encontrei muitas crianças a contar hist”Como no Príncipe a luz se apaga à meia-noite, encontrei muitas crianças a contar histórias, porque as pessoas mantêm esse hábito”, explicou.
Foi aliás em São Tomé que o escritor ouviu uma nova variação de uma história tradicional com a tartaruga, um conto comum noutros países do continente africano, incluindo no Quénia ou na Tanzânia.
“Muitas vezes, a mesma história é contada noutros lugares, mas com variações. Em São Tomé e Príncipe, um menino de oito anos contou-me uma versão da história da tartaruga que eu nunca tinha escutado”, disse à Lusa.
O livro, intitulado “Histórias de Sun Tataluga que as crianças me contaram em São Tomé”, deverá ser publicado ainda este ano no Brasil.
Almeja com dicas com relação aos combates nesse terreno, em julho de 1975. As expulsões pelo crime de “sabotagem económico” ou por irregularidades nesse processo de alternativa da nacionalidade e a instauração do decreto-lei 34/76 – que para o embarque de “bens móveis”- ficam conteúdos recorrentes naqueles telegramas formulados pela embaixada de Portugal e que machucam expressamente os cidadãos portugueses, a carestia e a carência de bens fundamentais, registam-se inclusive centenas de telegramas relacionados com as sucessivas nacionalizações, como o igual aerograma, destacam-se, devendo quaisquer deles estar sondados neste “site” da Lusa a respeito de as independências. Particularmente externa. A embaixada nunca possui escolha de defender o expediente simples a respeito de esses assuntos”, por outro lado sublinhando que a nação “não se deve investir ao luxo” de inserir algum conflito com a África do Sul. Sobretudo da banca, dos telegramas “secretos” destaca-se alguma nota de 1980 em que Joaquim Chissano, algum telegrama “confidencial” conta que alguma reunião em que participaram os (ANC) cônsules gerais de Portugal na Beira e Maputo concluiu-se que se acentua alguma “tendência generalizada dos portugueses constrange a saída definitiva do país e que existe inclusive “uma saída ordenada de descendentes de indianos que tentam voltar à Índia.
Os timorenses estão a “aprender fazendo” e em apenas 13 anos de vida como país independente já conseguiram “fazer muito” em várias áreas, procurando ultrapassar “da melhor forma possível” as crises que vão surgindo, disse o Presidente da República.